Nesta semana, um crime que chocou a cidade de Bragança completou 14 anos. No dia 19 de abril de 2008, o garoto Pethrus Augusto Maia Orozco, de 4 anos, foi assassinado. O corpo foi encontrado no dia 21 de abril, no local conhecido como “Buracão”, na Vila de Bacuriteua.
Após 10 anos, em 2018, o Tribunal do Júri da Comarca de Bragança, presidido pela magistrada Cintia Walker Beltrão Gomes, condenou Antônio Sergio Barata da Silva, ex-oficial de Justiça, a 33 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo a denúncia, a criança estava em frente à residência de seus avós, localizada na Av. Marechal Floriano, no centro da cidade, quando foi levado por Antônio. O réu também teria tentado levar a irmã de Pethrus, na época com 10 anos, mas ela conseguiu entrar na casa.
Dezesseis testemunhas participaram do julgamento, treze de acusação e três de defesa. Na Sessão do Júri no Fórum de Bragança, a mãe da vítima assumiu ter mantido um envolvimento de dois meses com o acusado e rompeu o relacionamento, retomando seu casamento. Para a Promotoria, o rompimento do romance desencadeou no acusado o sentimento de vingança contra o casal. Durante o interrogatório na sessão de júri, o réu negou a autoria de ambos os crimes.
O delegado Vander Veloso, que presidiu o inquérito, foi premiado com a Medalha do Mérito da Polícia Civil, a Medalha Evanovich de investigação policial.
Pethrus Maia era estudante do Instituto Santa Teresinha, local onde seu corpo foi velado com grande comoção popular. O corpo da criança foi sepultado no Cemitério Santa Rosa de Lima, no mesmo túmulo onde está o seu avô José Maria Maia, conceituado advogado de Bragança.
Reportagem: J. Bahia
Fotos: Arquivo
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