Um dos maiores prefeitos da história de Bragança, João Alves da Mota, se vivo estivesse, completaria nesta quarta-feira (09 de setembro), 98 anos de idade.
O pai era cearense, Raimundo Alves da Mota e a mãe, rio-grandense, Maria Fernandes da Mota. Em 1898 seus pais migaram a Bragança fugindo da seca nordestina e aqui tiveram sete filhos, cinco homens e duas mulheres. João Mota nasceu no dia 9 de setembro de 1922 no Emboraí Grande e faleceu no dia 6 de março de 2001.
Em 1948, casou-se com Raimunda Maria da Mota, conhecida por “Sinhá” com quem teve cinco filhos. Foi comerciante, tinha uma mercearia na Trav. Marcelino Castanho esquina com a Rua Pastor Afonso Menino Rey (próximo ao Marujo Suíte Hotel).
João Mota ingressou na política em 1945 através dos líderes Magalhães Barata, Joaquim Lobão da Silveira, Simpliciano Medeiros Junior e Augusto Corrêa, descobrindo as artimanhas da política. Defendia as causas dos pobres colonos, e estes, não tendo com que pagar à custa, retribuíam com seu voto nas eleições.
Foi duas vezes vereador nos governos de Jorge Ramos (1963/1965) e Antonio da Silva Pereira (1971/1973). Por três vezes assumiu a Prefeitura de Bragança: 1965, 1983 e 1993.
Em 1987 construiu a Escola Municipal Dom Eliseu no bairro da Aldeia e doou para a instalação do Campus da Universidade Federal do Pará. Construiu as Escolas Julia Quadros e Jorge Ramos, Cemitério Campo da Saudade (Vila Sinhá), Praça da Bíblia (ao lado da delegacia), Ponte sobre o Furo do Taicí na estrada Bragança/Ajuruteua, em convênio com o Governo do Estado construiu a Escola Mario Queiroz do Rosário, reformou o Palacete Augusto Corrêa.
Durante entrevista disse: “Nunca comprei vereadores para votar nas matérias apresentadas na Câmara”. Uma frase marcante dita e usada até hoje na política bragantina: “O povo é diabo”.
Com a colaboração do pesquisador José Ribamar Oliveira, reportagem de Jota Bahia